Mobilidade a Torun - terceiro dia

01/11/2011 01:03

Preparados e avisados para a distância – 175 km – e para o frio – temperaturas a rondar os 2/3 graus centígrados, partimos bem cedo e depressa apanhámos a A1, uma boa auto-estrada que nos levou rapidamente a Gdansk. Pelo caminho, no interior do autocarro, começávamos a perceber que os laços entre todos nós se estreitavam, tornando-se cada vez mais o sentido da nossa viagem. Em Gdansk, levados sabiamente por um guia local, apercebemo-nos da imensa riqueza histórica e arquitetónica desta cidade do norte da Polónia, berço do sindicato Solidariedade, liderado por Lech Walesa, prémio Nobel da Paz. Este movimento teve um papel preponderante no derrube do regime comunista na Europa Central, como pudemos constatar na nossa visita à exposição Roads to Freedom, que apresenta a história no período de 1956-1989. Em Agosto de 1980, o estaleiro naval Lenine viu nascer o movimento político e social que trouxe a esperança da liberdade na sociedade polaca. Uma greve de dezoito dias no ano de 1980, terminou em 31 de Agosto com a assinatura de um tratado entre os grevistas e as autoridades comunistas. Esta data é considerada o início da queda do comunismo na Europa. Nunca antes tínhamos pensado passar tão perto de lugares tão importantes da história moderna.

Era altura de visitarmos a Catedral de Oliwa, a mais comprida da Polónia, com 107 metros e com um outro grande motivo de interesse, os seus dois orgãos, um mais pequeno e recente e um outro secular e dos maiores do mundo. Tivemos a felicidade de o ouvir, num concerto programado e oferecido pelos nossos amigos polacos. Mais tarde, já em Sopot, avistámos o mar Báltico e percorremos o mais longo molhe em madeira da Europa. Esta famosa estância termal polaca atrai milhares de turistas e fica situada na baía de Gdansk, já bem perto dos países nórdicos.

Cansados e felizes, regressámos a Torun num domingo das nossas vidas que jamais esqueceremos.