Mobilidade a Torun - quarto dia

04/11/2011 10:31

Refeitos das emoções do dia anterior, era  o momento (bem cedo!) de nos dirigirmos para a escola de Lubicz a tempo de iniciarmos a semana. Conforme o nosso programa, teríamos de estar presentes numa aula de Biologia, preparada especialmente para todos os participantes do projeto, alunos e professores. Toda a aula foi desenvolvida em inglês, facto que não foi estranho, uma vez que a Biologia nesta escola é também lecionada nessa língua, de forma a preparar melhor os alunos que projetam seguir essa disciplina no futuro, ficando deste modo melhor preparados, pois grande parte da investigação desta área é feita em Inglês.

De seguida, surpreendemos um dos nossos alunos, que bem longe de casa comemorava o seu aniversário, cantando-lhe os parabéns em todas as línguas presentes no projeto e oferecendo-lhe um bolo de aniversário, num momento que ele certamente jamais esquecerá!

O resto da manhã foi ocupado com reuniões do projeto e trabalho com os alunos para a elaboração de um pequeno dicionário com palavras /expressões mais comuns nas diferentes línguas.

Após o almoço dirigimo-noa a Grebocin onde visitámos o museu da Literatura e Imprensa que está localizado numa pequena igreja medieval, fundada pelos cavaleiros teutões. No século XVI a igreja passou a ser administrada pela comunidade evangélica. A partir de 1920, a igreja deixou de ser utilizada para o culto e dez anos mais tarde passou a ser considerada monumento de grande interesse histórico. Depois da segunda guerra mundial a igreja caíu em ruínas, tendo apenas nos anos 60 e 70 sido feitas algumas tentativas de a transformar em biblioteca. Como esses trabalhos pararam a meio, o edifício foi seriamente vandalizado e apenas nos anos 80, Dariusz Subocz, um curador de monumentos, comprou a igreja e reconstruiu-a, transformando-a no espaço actual, que oferece aulas de história ao vivo para crianças e jovens que a visitem. Isso mesmo pudemos verificar neste espaço que nos transporta no tempo para a altura em que o ato de escrever era arte pura. O desafio de nos transformarmos por alguns minutos em copistas, utilizando os materiais da época, fez-nos perceber que realmente estávamos num lugar mergulhado em história. Connosco trouxemos o que escrevemos e ainda algumas lembranças bem originais.

O regresso à escola e depois a Torun trouxe a noite e o frio. Nessa noite participámos num jantar oferecido pelo diretor da escola de Lubicz que veio comprovar o saber receber e a grande hospitalidade do povo polaco.